segunda-feira, 30 de março de 2009

A INJUSTA BOA LUTA


Ainda não sei direito qual o clima seguirá nas próximas linhas... Por um lado, ficamos felizes por contribuir com um algo a mais nos tão malfadados quadrinhos nacionais. Por outro lado fica a estranha e chata impressão - aliás, o medo - de fazer parte da turma do mais do mesmo.

Talvez aqui começássemos a falar mal dos colegas de profissão, ou mais especificamente falar mal de seus estilos escolhidos, suas temáticas. Desnecessário insistir em estilos que nada ou pouco dizem. Achamos surreal desenhistas à la Image, e roteiristas à la Stan.

Insistimos no diferencial. Como leitores, pensamos: conquistem-nos. Como professionais dizemos: que se fodam. Professional com “e”, mesmo. Ainda somos muito mal pagos pra sermos chamados profi do ramo.

Mas não recitaremos impropérios à pessoas alheias, sejam elas físicas ou jurídicas. O caminho foi árduo até aqui, e aprendemos que cada gesto conta. Que cada iniciativa deve ser considerada, e que o respeito às diferenças é fundamental. Os quadrinhos têm o objetivo de contar histórias. Mesmo que alguma Hq diga respeito somente a um público restrito, ainda que ela venha a dizer algo única e exclusivamente ao seu próprio autor, ela é válida. Não insistiremos no tema respeito, pois - observação besta –parece-nos óbvio que esse é um caminho a ser seguido por opção própria. As professoras do primário nos explicavam, mas percebemos que eram poucos os ouvintes. Aprendizado tardio, sabemos.

Voltando à nossa tardia estréia em blog, esperamos seguir por um caminho rumo à qualidade. Apenas alcançada através de acertos e erros. A estrada não será árdua, visto que ela já é. Mas a estrada é o caminho a ser alcançado. O objetivo da luta cotidiana, mesmo permeada por combates sangrentos – inúteis por vezes - é a vida na campanha. Na guerra do hoje e nas páginas impressas, mesmo que em brilhos RGBs.

Clichê Zen terminar um texto de estréia ruminando sobre meios e fins, sobre escolhas e caminhos, dizendo que o objetivo é a própria estrada do aprendizado. Talvez no fundo nosso medo fosse justificado. Talvez sejamos realmente mais do mesmo.

Esperamos que vocês acompanhem nossos quadrinhos mesmo assim.

Assinado:

Os caras da revista.


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